sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Vou engordar? E agora?


A causa do ganho ponderal durante a quimioterapia adjuvante em pacientes com câncer de mama é provavelmente multifatorial. 

Em um estudo conduzido por Demrak et al.3 com 53 mulheres submetidas a tratamento adjuvante para câncer de mama, constatou-se que as mulheres que ganharam peso tiveram uma atividade física significativamente menor sem alteração significativa da ingesta ou do metabolismo basal. 

Apontam-se ainda como causas do ganho ponderal durante a quimioterapia a labilidade emocional associada a estresse psicológico, o início da menopausa durante a QT,
estar fazendo dieta nos últimos seis meses, além do uso simultâneo de ablação ovariana ou corticóides. 

Um outro fator que não pode ser esquecido seria a freqüente associação de hipotireoidismo com câncer de mama, que em nossa experiência está presente em 16% das pacientes. 

Possíveis alternativas para evitar o ganho ponderal durante a quimioterapia em mulheres com câncer de mama incluem aconselhamento rotineiro com nutricionista e aderência a um programa de exercício físico.

 Dentre as tantas mudanças que o corpo sofre durante o tratamento oncológico está o ganho de peso, e suas causas são diversas. 

Retenção de líquido nas células e tecidos e diminuição do metabolismo causados por alguns quimioterápicos, cessação na prática de atividades físicas e uso de esteroides e de hormonioterapia em determinados tipos de câncer são algumas delas.  

Mas não se preocupe. O ganho de alguns quilinhos está entre os efeitos adversos do tratamento e não representa um problema para a sua saúde. No entanto, uma mudança grande no leitor da balança, tanto para cima quanto para baixo, deve acionar o radar, já que pode interferir na sua capacidade de tolerar o tratamento.

A principal recomendação aos pacientes é que controlem o seu peso, não ganhando ou perdendo quilos em excesso. Para tanto, algumas dicas são fundamentais. 

Em primeiro lugar, alerta Satiko, é muito importante que não use a 'comida como muleta'. 

"Essa é uma atitude muito natural do ser humano. Estamos tristes, comemos; estamos nervosos, comemos; estamos doentes, comemos; estamos felizes, comemos. É uma autopermissão à comida, que posteriormente tende a causar ainda mais angústia (...) na hora em que se percebe o aumento do peso", diz.

Com relação aos alimentos ingeridos, a regra é comum para pessoas tratando ou não o câncer: controlar a ingestão de açúcar, doces e massas, trocar os carboidratos convencionais pelos integrais (que aumentam a sensação de saciedade e ajudam o intestino a trabalhar melhor), consumir alimentos com fibras, introduzir mais frutas na dieta e evitar as frituras e gorduras saturadas.

São pequenas e simples atitudes em relação à alimentação, que terão um benefício enorme na vida dos pacientes.

Retenção de líquido: é possível evitar?

Alguns medicamentos utilizados no tratamento do câncer causam a retenção de líquidos e, consequentemente, o inchaço que os pacientes reclamam.  

Faça o uso de chás diuréticos, como o verde e de Hibisco, alertando, no entanto, para o fato de que ambos contêm cafeína, o que pode interferir na qualidade do seu sono. "Então, a dica é que se tome esses chás de manhã, e não à noite".

Há outros diuréticos recomendados, como o maracujá e o melão.
Ademais, é fundamental controlar a ingestão de sódio, que além de causar retenção de líquidos ainda sobrecarrega o sistema cardiovascular.

Nenhum comentário: