domingo, 17 de agosto de 2014

NOVIDADES NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM TUMORES HER2-POSITIVO


NOVIDADES NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM TUMORES HER2-POSITIVO



No último dia 21 de maio, um evento no ×Hospital Moinhos de Vento, o IV Congresso Internacional de Câncer de ×Mama do Hospital Moinhos de ×Vento, reuniu especialistas nacionais e internacionais que apresentaram novidades no tratamento de pacientes com tumores HER2-positivo.
Uma das palestrantes do congresso foi da oncologista ×Ingrid Mayer, professora da×Vanderbilt University School of Medicin (Estados Unidos). Ela participou do painel de atualizações a respeito do assunto e abordou fatores de risco e fatores prognósticos em câncer de mama, como
obesidade, IGF-1 – proteína de fator de crescimento das células musculares e o medicamento metformina, utilizado, entre outros, para o tratamento do diabetes e da síndrome dos ovários policísticos.
“A ciência avançou muito no tratamento do câncer de mama. Hoje, falamos em cerca de 95% de chances de cura, para os casos descobertos cedo. Nosso compromisso, agora, é transformar as conquistas científicas em realidade para a população. Isso passa por mudanças comportamentais e sociais, além, é claro, de exigir vontade política e ações concretas das autoridades governamentais”, afirma ×Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), coordenadora do Núcleo Mama Moinhos e uma das organizadoras do evento.
Um dos principais progressos no campo da oncologia nos últimos anos é, de acordo com o especialista ×Max Mano, do Hospital Sírio Libanês, o tratamento do câncer de mama HER2-positivo. “Trata-se de uma doença de altíssimo risco, de má reputação, tendo sua evolução natural alterada, sua agressividade ‘freada’ pela administração de tratamentos específicos contra sua anormalidade molecular fundamental: a amplificação do gene HER2 e consequente superexpressão do gene e proteína de mesmo nome”, sublinha.
Para o radioterapeuta ×Rodrigo Hanriot, do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos palestrantes do congresso, o câncer de mama é a doença mais frequente nas mulheres, com mais de 200 mil novos casos ao ano somente nos Estados Unidos. Ele representa 28% do total das neoplasias femininas e é responsável por 15% das mortes por câncer feminino a cada ano. No Brasil, estima-se cerca de 49 mil novos casos ao ano, porém com percentual maior de mortalidade – isso se deve, conforme o especialista, a falha de detecção precoce pelo sistema de saúde.
Mastectomia – A retirada, total ou parcial, das mamas é um dos principais receios das mulheres que recebem o diagnóstico da doença. “Quanto mais cedo o nódulo for descoberto, menor é o risco de precisar remover parte da mama ou de fazer uma cirurgia radical”, explica Maira Caleffi. 
Segundo Hanriot, a associação da radioterapia a uma cirurgia parcial apresenta índices de controle da doença e de sobrevida semelhantes ao da mastectomia radical sem tratamento radioterápico. Há casos, no entanto, em que mesmo após a retirada total das mamas há a necessidade de complementação local do tratamento com radioterapia.

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